No seu clássico absoluto, a obra-prima Psicose (Psycho, 1960), Hitchcock quebrou todas as barreiras imagináveis do Cinema. Além de rodá-lo propositalmente com um baixo orçamento (600.000 dólares, ao contrário dos 3 milhões investidos no último filme), mostrou pela primeira vez na história do cinema um vaso sanitário (até então proibido pela censura), filmou todo em preto e branco (ignorando a tecnologia das cores para não criar um contraste com o sangue), escondeu uma forte sexualidade (a cena em que Norman vai atender o balcão e diz que estava comendo, quando na verdade estava transando com a protagonista), enfim, quebrou todas as barreiras possíveis e de tudo o que já havia criado antes. Claro, isso sem falar na maravilhosa história com uma surpreendente (e quase única) troca de protagonistas no meio da produção, executada perfeitamente. A cena do chuveiro é uma das mais clássicas já vistas, com o gênio utilizando calda de chocolate para representar todo o sangue visto em tela.